Para quem esteve aqui anteriormente…
Faz um tempo… mas 500 e tal seguidores e leitores não foram esquecidos. O planeta não foi esquecido. O coração e alma não foram descurados. Eu estou aqui. Nós estamos aqui.
Perdi todo o meu conteúdo, site e domínio deste blog. Pensei sempre que ninguém me via, ouvia ou lia… e fui perdendo a minha voz e vontade. Afoguei-me. É o que dá viver num sistema podre, ser sensível e humana e dar o meu poder em vão. A luz diminuiu. Mas não se perdeu. Por alguma razão.
Sempre senti que não era boa em nada. Era média em tudo. Não fui para a universidade, depois de 16 anos de dança, e entrei do zero no mundo e completamente perdida sobre o que havia de fazer à minha vida (mal eu sabia que já era perfeitamente válida mesmo sem uma licenciatura e profissão atribuídas, mas a matrix entranha-se e faz-te pensar precisamente do contrário, porque…trabalho é tudo!)… Muita terapia ao longo do caminho claro… sobre variados traumas e acontecimentos, desde um implante de “não ser boa o suficiente” para nada ou ninguém, a um distúrbio alimentar, a uma traição, a síndrome da salvadora pela minha vida fora, etc… Ás vezes pensamos que as feridas estão bem enterradas no passado mas elas influenciam fortemente a vida adulta a vários níveis, mesmo que por caminhos pouco notórios. Mas tal como diz Vienna Pharaon, “a tua origem não é o teu destino”.
Resumidamente, fui fazendo um pouco de tudo, sendo boa em muita coisa mas não me destacando em nada (imaginava eu na minha cabeça), desistindo várias vezes de planos ou de ideias, jogando com as coisas que a vida me trazia ou me tirava, passando por muito bons momentos e conquistas mas chegando sempre a um lugar de “não estou onde devia estar” ou “o meu propósito não é este”, ainda que cheia de vontades e intenções boas cá dentro para servir o mundo e a mim.
Percebo agora de repente que esses pensamentos e essa sensação de “não ser muito boa em nada”, de me cansar de tudo rapidamente, de perceber a podridão da “matrix” e sentir que não me encaixo, de me sentir extremamente desconfortável na prisão e claustrofóbica com as escolhas e caminhos propostos e standard aos quais nos temos de resignar… Isso também tem nome, tem espaço, tem raiz, e tem potencial transformador. E agora vou falar contigo de alma para alma, uma conclusão muito simples, caso também sintas o mesmo: Tu não és mediocre. És multifacetad@. És multipotencial e foste feit@ para ser livre e leve. És daquelas pessoas que não seguem uma só linha, mas dançam entre muitas, com curiosidade. Gente sensível, intuitiva, rebelde de coração — que não aceita rótulos fáceis nem caminhos prontos. Almas livres… e esse é o nosso papel. Ponto.
Se és como eu ou tens abertura e curiosidade, para ti falarei. Para ti escreverei, para ti partilharei… ao meu ritmo, sem ser prisioneira das redes. E não preciso ser especialista, preciso ser verdadeira. Porque o novo mundo não precisa de especialistas fechados, precisa de pessoas vivas. Gente que sente, questiona, desmonta e propõe algo diferente. Precisa de ver a lente de cada um. E temos muito para dar só com a nossa essência, seja o que for que façamos.
O meu papel será o de… guia imperfeita e humana. Tal como tu na tua própria vida.
E sim, dói perder tudo o que já tinha feito neste blog porque sempre escrevi e investiguei e partilhei de alma, mas às vezes o Universo dá-nos esse corte para renascer de forma ainda mais alinhada. Não só vale a pena recomeçar, como acho que o mundo precisa disso.
Missão (renovada, mas fiel ao coração)
H.eart.H surgiu da junção da palavra heart, que significa “coração”, com a palavra earth, que significa “terra”. hearth tem também significado de “lar”. Considerando que no nosso coração reside a nossa essência e o que somos é puramente natureza, achei este nome perfeito para a mensagem que quero passar!

O Hearth é um refúgio natural, simples e sensível para almas livres. Espaço de partilha onde a natureza é mestra (a tua e a que te rodeia), o coração é guia e o lar se encontra dentro, e fora, no chão que pisamos. Lugar onde podemos dar, receber e levar.
Não prometo nada a não ser a minha essência sem ruído dentro do possível, e partilha, pura, simples e ao meu ritmo. Não publicito a não ser aquilo em que acredito. Às vezes virão pensamentos, questionamentos e reflexões, outras vezes factos e informação, mas sempre vivências e coração.
A vós, peço-vos toda a interacção que sentirem e de mim terão tudo o que puder dar.
Seremos, quem sabe, uma comunidade pequena mas forte e de colo, feita de gente com a sabedoria do “canudo” da vida, boas intenções, e amor.
Que este seja um canal e um portal simples de coisas humildes e boas, com saltos de fé e voos de espontaneidade. Eu estou com certeza aqui para te dar essa inspiração e apoio!
“Aqui és livre de respirar. De ser quem és. De amar a terra como és.”
Menos rede. Mais raiz.
Pelas aventuras que se avizinham, um obrigada!
Até breve
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